Fonte: Valor Econômico.

A partir de um aumento da oferta de 50%, empresa espera dobrar seu faturamento este ano, para R$ 60 milhões

Maior fabricante de produtos de nutrição vegetal e animal a partir de algas do país, a Oceana Minerals, com sede em Jundiaí, no interior de São Paulo, e complexo industrial localizado em Tutóia, no Maranhão, tem planos ambiciosos para 2020.

A partir de um planejado aumento da oferta de 50% em relação a 2019, para 60 mil toneladas, a empresa espera dobrar seu faturamento este ano, para R$ 60 milhões, empurrada pelo crescimento das vendas domésticas e das exportações.

“Queremos crescer nos segmentos de gado de corte e de aves e suínos. Também vemos grande potencial de vendas de produtos de nutrição para a aquicultura”, diz Rafael Villarroel, presidente da Oceana.

A matéria-prima que sustenta a produção da companhia vem de uma área de 11 mil hectares no litoral maranhense. Como não são algas de cativeiro, a Oceana só pode utilizar o material que se desprende naturalmente das árvores submersas.

Em sua fase de crescimento, a alga passa por um processo de calcificação, e depois de capturada, seca e processada, a planta apresenta mais de 70 nutrientes, entre os quais cálcio e magnésio. Na região onde a empresa tem seu direito de exploração, o depósito de algas, um dos poucos do gênero no mundo, é estimado em 600 milhões de toneladas, segundo Villarroel.

Fundada em 2006 por empresários brasileiros, a Oceana começou a operar em 2013, depois de obter as certificações necessárias para tal. Investiu cerca de R$ 100 milhões nesse processo, na fábrica de Tutóia e em embarcações, e agora quer avançar.

Cerca de 60% do faturamento da Oceana vem da área agrícola, com vendas sobretudo para soja, café e hortifrútis; os demais 40% vêm dos produtos de nutrição animal hoje destinados sobretudo a ruminantes.

Villarroel estima que as exportações passarão a representar até 20% da receita em 2020. A empresa já exportava para América do Sul e Europa, e iniciará vendas a EUA e Ásia.

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